Evangelho Quotidiano

28. April 2024 : 5º Domingo da Páscoa
Santa Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962
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Livro dos Atos dos Apóstolos 9,26-31.

Naqueles dias, Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos o temiam, por não acreditarem que fosse discípulo.
Então, Barnabé tomou-o consigo, levou-o aos Apóstolos e contou-lhes como Saulo, no caminho, tinha visto o Senhor, que lhe tinha falado, e como em Damasco tinha pregado com firmeza em nome de Jesus.
A partir desse dia, Saulo ficou com eles em Jerusalém e falava com firmeza no nome do Senhor.
Conversava e discutia também com os helenistas, mas estes procuravam dar-lhe a morte.
Ao saberem disto, os irmãos levaram-no para Cesareia e fizeram-no seguir para Tarso.
Entretanto, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e vivendo no temor do Senhor e ia crescendo com a assistência do Espírito Santo.

Livro dos Salmos 22(21),26b-27.28.30.31-32.

Cumprirei a minha promessa na presença dos vossos fiéis.
Os pobres hão de comer e serão saciados,
louvarão o Senhor os que O procuram:
vivam para sempre os seus corações.

Hão de lembrar-se do Senhor e converter-se a Ele
todos os confins da Terra;
e diante dele virão prostrar-se
todas as famílias das nações.

Só a Ele hão de adorar
todos os grandes do mundo,
diante dele se hão de prostrar
todos os que descem ao pó da terra.

Para Ele viverá a minha alma,
há de servi-lo a minha descendência.
Falar-se-á do Senhor às gerações futuras
e a sua justiça será revelada ao povo que há de vir:
«Eis o que fez o Senhor».

1.ª Carta de São João 3,18-24.

Meus filhos, não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e em verdade.
Deste modo, saberemos que somos da verdade e tranquilizaremos o nosso coração diante de Deus;
porque, se o nosso coração nos acusar, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas.
Caríssimos, se o coração não nos condena, temos confiança diante de Deus.
e receberemos dele tudo o que Lhe pedirmos, porque cumprimos todos os seus mandamentos e fazemos o que Lhe é agradável.
É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou.
Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu.

Evangelho segundo São João 15,1-8.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».

«Eu sou a videira, vós sois os ramos»

O próprio Jesus quis iluminar a nossa fé na sua ação santificadora através de uma comparação: «Eu sou a videira, vós sois os ramos». Os ramos vivem, mas não é de si próprios que retiram a seiva que os torna fecundos; vão constantemente buscar a sua vitalidade à seiva que vem do tronco. Como se diz noutra passagem, é essa seiva que lhes dá vida. O mesmo acontece com os membros de Cristo: as boas ações, a prática das virtudes, o progresso espiritual e a santidade pertencem-lhes indubitavelmente; mas é a seiva da graça que vem de Cristo que opera neles estas maravilhas: «Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim».

Em Jesus Cristo, tudo irradia vida: as suas palavras, os seus atos, os seus estados. Todos os seus mistérios, tanto os da infância como os da sua morte, da sua ressurreição e da sua glória, possuem um poder de santificação sempre eficaz. Nele, o passado não foi abolido (cf Rom 6,9; Heb 13,6). Ele derrama em nós, sem cessar, a vida sobrenatural. Mas a nossa falta de atenção ou de fé paralisa muitas vezes a sua ação na nossa alma. Para nós, viver a vida divina é possuir a graça santificante e fazer que os nossos pensamentos, os nossos afetos e toda a nossa atividade partam de Cristo, por uma intenção de fé e de amor.